A história da interpretação Como a disputa básica entre o pré-milenarista e o amilenarista é hermenêutica, é necessário rever o desenvolvimento dos dois métodos hermenêuticos sobre os quais repousam essas duas interpretações, ou seja, o literal e o alegórico, para que a autoridade do método literal possa ser firmada.
I. O Começo da Interpretação É fato geralmente aceito por todos os estudiosos da história da hermenêutica que a interpretação começou por ocasião do retorno de Israel do exílio babilônico, sob a liderança de Esdras, conforme registrado em Neemias 8.1-8. Tal interpretação se fez necessária, primeiramente, por causa do longo período da história de Israel em que a lei mosaica foi esquecida e negligenciada. A descoberta do esquecido ''livro da lei" por Hilquias, durante o reinado de Josias, recolocou-a numa posição de destaque por breve período, apenas para ser novamente esquecida nos anos do exílio.( Cf F. W. FARRAR, History of interpretation, p. 47-8) Fez-se necessária, também, porque durante o exílio os judeus substituíram a língua nativa, o hebraico, pelo aramaico. Quando voltaram à sua terra, as Escrituras haviam-se tornado ininteligíveis para eles.( Cf. Bernard KAMM, Protestant biblical interpretation, p. 27.) Esdras teve de explicar ao povo as Escrituras, olvidadas e indecifráveis. Dificilmente poderíamos pôr em dúvida o fato de que a interpretação de Esdras do que estava escrito fosse literal.
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